segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Construção de navio sonda deve gerar vagas no Rio Grande






Com capacidade para perfurar poços de petróleo de até 10 mil metros de profundidade na camada do pré-sal, os três primeiros navios-sonda que serão construídos no Polo Naval de Rio Grande a partir do próximo ano também farão jorrar ofertas de empregos na região. O contrato de US$ 2,36 bilhões obtido pela Ecovix, que prevê a entrega das embarcações até julho de 2017, necessitará 2,5 mil trabalhadores, estima o Presidente da empresa, Gerson de Mello Almada.
A companhia, também contratada pela Petrobras para construir oito cascos de plataformas em Rio Grande, já conta com 3,5 mil funcionários na cidade. Como apenas iniciou a produção da primeira estrutura (30% do casco da P-66), Almada projeta a necessidade de incorporar outras mil pessoas apenas para cumprir a entrega para a estatal, aumentando ainda mais a busca por mão de obra na região.
– Nos próximos dois anos, dobraremos a capacidade e chegaremos a 7 mil pessoas. Mão de obra é sempre um problema. O grande atrativo é esse projeto de longo prazo para pessoas que queiram ficar focadas neste setor. Mas terá de vir gente de fora (do Estado) – diz Almada, que desde o resultado da licitação dos navios-sonda anunciado mês passado pela Petrobras ainda não tinha detalhado o projeto de construção das três embarcações.
Suprir a necessidade de recursos humanos qualificados para toda a demanda dos polos navais de Rio Grande e agora do Jacuí será um desafio, admite o Diretor regional do Senai, José Zortéa. A expectativa é que, nos próximos cinco anos, o setor no Estado precise de pelo menos mais 10 mil trabalhadores. O gargalo, assegura Zortéa, não é a oferta de vagas nas escolas técnicas, mas a dificuldade de conseguir pessoas que preencham os requisitos básicos para aproveitar as oportunidades.

Nenhum comentário: